Adultos devem oferecer bons exemplos, conforme orienta o Ministério da Saúde.
Para garantir o desenvolvimento saudável da criança, é essencial adotar cuidados desde a primeira infância. Segundo o Ministério da Saúde, a higiene e a alimentação estão entre os principais aspectos que exigem atenção de pais e responsáveis.
A nutrição infantil requer cuidados para assegurar os nutrientes necessários para o crescimento, como cálcio, ferro, zinco e vitamina D. No entanto, nem todas as crianças têm acesso à alimentação de qualidade: entre 2018 e 2023, foram identificadas 25.266 internações por desnutrição infantil no Brasil.
Os dados são de um estudo publicado no Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, filtrados por meio do Sistema de Informações Hospitalares (SIH). Quando a desnutrição ocorre na primeira infância, está associada à maior mortalidade, à recorrência de doenças infecciosas, a prejuízos no desenvolvimento psicomotor, ao menor aproveitamento escolar e à redução da capacidade produtiva na idade adulta.
Os cuidados com a higiene também são importantes para proporcionar vidas longas e saudáveis, conforme alerta o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Lavar as mãos com água e sabão, principalmente antes de manusear alimentos ou após usar o vaso sanitário, é uma ação simples que pode evitar várias doenças. Frequentemente, elas estão em contato com germes e agentes infecciosos, e é comum que as crianças pequenas levem as mãos à boca.
A higiene corporal merece atenção. O Ministério da Saúde recomenda o banho, pelo menos, uma vez ao dia, mesmo que a criança esteja com febre ou adoentada, para a prevenção de doenças de pele e outras enfermidades.
O órgão destaca que a criança gosta de imitar, repetindo o que adultos ou outras crianças fazem. Por isso, é importante que os familiares e a escola ofereçam exemplos e estimulem bons hábitos de higiene e alimentação.
Amamentação previne doenças e favorece o desenvolvimento dos ossos
Até os seis meses, a alimentação da criança deve ser exclusiva com leite materno, sendo continuada com a introdução simultânea de alimentos suplementares até, pelo menos, os dois anos, como orienta a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) explica que, entre as principais vantagens do aleitamento materno, está a proteção contra alergias graves e infecções. O bebê se fortalece com os anticorpos da mãe, evitando problemas como pneumonias, diarreias, otites e meningites.
A amamentação também favorece o desenvolvimento dos ossos e fortalece os músculos da face, facilitando o desenvolvimento da fala, regulando a respiração e prevenindo problemas na dentição.
Diante da impossibilidade de amamentar, médicos pediatras devem prescrever fórmulas infantis adequadas às necessidades da criança. Esta prática é a única alternativa reconhecidamente segura pela OMS.
A fórmula infantil Nanlac Supreme, por exemplo, é desenvolvida para suprir as necessidades nutricionais de lactentes e crianças de primeira infância, até três anos. Ela apresenta teor específico de proteínas, assim como a adição de vitaminas e minerais, recomendados para essa faixa etária.
Educação do paladar começa na introdução alimentar
O processo de introdução alimentar é o momento de educar o paladar, permitindo que, mais tarde, a criança aceite todos os tipos de alimentos. A recomendação do Ministério da Saúde é que a diversificação alimentar se inicie com suco de frutas e, depois, sejam introduzidas as papinhas de frutas, legumes e cereais. A orientação é para que, aos poucos, a alimentação se assemelhe à de toda a família, que também deve fazer refeições balanceadas.
Conforme o crescimento da criança, a sua personalidade e as preferências começam a ser definidas. É comum que ocorra resistência a certos alimentos. Nesse caso, é necessário acompanhamento pediátrico, pois o ajuste da alimentação pode ser feito a partir da prescrição de fórmulas para suprir os nutrientes necessários.
Atenção à composição dos produtos de higiene
Os produtos de higiene para crianças devem conter menos substâncias químicas capazes de causar irritação e reações alérgicas, visto que a pele é mais fina e sensível na infância, segundo a SBP.
Por isso, antes de comprar qualquer produto, é preciso observar se são aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e buscar orientação médica. Os pais devem ficar atentos à composição dos perfumes e outros produtos de higiene, priorizando os formulados especialmente para crianças. Quanto mais os familiares conseguiram postergar a exposição a cosméticos supérfluos, como maquiagens e esmaltes, menores as chances de sensibilização.