Tudo o que você precisa saber sobre o “buy now, pay later” e sua implementação no Brasil
O mercado financeiro está cada vez mais dinâmico e competitivo, e é nesse contexto que surge o “Buy now, pay later” (BNPL). Os consumidores desbancarizados, que estão em busca de soluções financeiras como empréstimo com juros baixos, podem encontrar no BNPL uma ótima opção.
Neste artigo, você vai entender o que é o pagamento “buy now, pay later”, como ele funciona na prática e quais são as expectativas de implementação no Brasil. Acompanhe e descubra!
O que é o “buy now, pay later”?
O termo “buy now, pay later” pode ser traduzido livremente como “compre agora, pague depois”. Ele é usado para se referir a um modelo de vendas na qual o pagamento ocorre de maneira parcelada via boleto bancário ou crediário.
Após o início da crise econômica causada pela covid-19, a modalidade ganhou força nos Estados Unidos. No Brasil, esse modelo de vendas se popularizou na década de 1950.
Nessa época, quando os cartões de crédito ainda eram uma modalidade de pagamento distante da realidade da maioria das pessoas, quem não tinha cartão e não pudesse pagar à vista, tinha a opção de fazer um cadastro e pagar a compra parcelada utilizando o carnê da loja.
Esse formato funcionava muito bem. A inadimplência não era um problema tão presente e, sempre que os clientes iam à loja pagar o carnê, acabavam realizando novas compras.
Por que o “buy now, pay later” está fazendo sucesso nos Estados Unidos?
Muito embora o BNPL tenha sido um modelo bastante difundido no Brasil, nos Estados Unidos ele ainda não era utilizado. Só agora, o varejo estadunidense está usufruindo das vantagens dessa modalidade.
Os americanos têm utilizado essa modalidade para comprar produtos de diferentes segmentos, especialmente nos setores de roupas e cosméticos. Na prática, ele vem sendo utilizado especialmente para compras menores.
A expectativa, no entanto, é que os consumidores passem a utilizar o “buy now, pay later” para adquirir itens de maior valor, como eletrônicos, eletrodomésticos e móveis.
Diferentemente do público brasileiro, os americanos ainda estão se adaptando a esse novo modelo. Por isso, as empresas do país têm investido em estratégias para ampliar e popularizar o BNPL ainda mais.
Quais são os diferenciais do BNPL?
Muito embora os brasileiros conheçam a modalidade de compras parceladas em crediário tradicionalmente utilizada pelas lojas, o BNPL de hoje tem algumas características distintas.
A modalidade de empréstimos parcelados, realizada diretamente no ponto de venda, permite ao consumidor fazer as compras e pagar por elas em uma data futura. Isso significa que as pessoas podem comprar parcelado sem a necessidade de usar o cartão de crédito.
O que muda em relação ao crediário tradicional é que no “buy now, pay later”, as parcelas podem ser pagas por meio de boleto bancário, Pix e até mesmo débito em conta.
Quais são os riscos do BNPL?
Sob o ponto de vista do consumidor, o risco do BNPL é semelhante aos riscos associados ao uso de crédito: dificuldade de cumprir com a obrigação assumida. Desta forma, o principal cuidado está na educação financeira.
Segundo pesquisa realizada em setembro de 2021 pela Credit Karma, 34% dos americanos que utilizaram a modalidade de BNPL atrasaram uma ou mais parcelas. Boa parte dos consumidores foram pessoas que compraram mais do que poderiam pagar e, por isso, entraram em uma espiral de dívidas.
A tendência é que o mercado que atua com intermediação dessas operações se expanda ao redor do mundo, inclusive no Brasil. As novas formas de pagamento e as diferentes oportunidades de negócios são vistas com bons olhos quando utilizadas de forma planejada e inteligente.
A dica para quem vai fazer uma compra usando qualquer modalidade de crédito é sempre traçar um planejamento de gastos e verificar se a obrigação assumida está alinhada com as suas condições de arcar com o pagamento futuro.
A mesma lógica se aplica aos empréstimos. Eles são uma ótima saída em diferentes situações, porém, devem ser estudados previamente. Antes de contratar, analise as taxas de juros, o custo efetivo total e, principalmente, o seu orçamento pessoal.