Especialização é focada no atendimento às mulheres, crianças e adolescentes. Saiba como entrar e entenda as diferenças entre residência normal e multiprofissional
Medicina é um curso que exige anos de dedicação aos estudos. É preciso passar por processo seletivo concorrido e um curso com uma grade curricular pesada e o trabalho não termina com a conquista do diploma. Em seguida começa a residência médica, uma das etapas mais importantes da formação de qualquer especialista.
Esses cursos são oferecidos em diversos hospitais-escola em todo o país. Cabe ao médico escolher a área e a instituição onde pretende se especializar — e passar no processo seletivo para ingressar nessa formação.
O Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF), unidade técnico-científica da Fundação Oswaldo Cruz, é um desses lugares, referência nacional no atendimento de mulheres e crianças.
O que é e como funciona a residência?
A residência funciona como um programa de treinamento intensivo, sob orientação de especialistas daquela área. É um trabalho, remunerado com bolsa, em que o estudante vai ter oportunidade de fazer atendimentos e lidar com pacientes, mas supervisionado por alguém com experiência naquele ramo da medicina.
O curso é uma modalidade de pós-graduação lato sensu, em que o aluno formado em Medicina pode ingressar, após se formar e conseguir o registro no Conselho Regional de Medicina (CRM).
No IFF, o treinamento intensivo é feito em regime integral e, até a data de finalização do programa, todos os candidatos precisam apresentar um trabalho de conclusão de curso, que pode ser um artigo, um projeto de pesquisa ou um texto para revisão e modificação de condutas no trabalho.
No Programa de Residência Médica do IFF o trabalho exige dedicação de 60 horas semanais e a duração varia entre 2 e 3 anos, dependendo da área de atuação escolhida.
Que áreas o IFF oferece e quais são os pré-requisitos?
“Melhorar a qualidade de vida da mulher, da criança e do adolescente” é o objetivo maior do programa, que abrange residência médica com atuação nas seguintes áreas:
- alergia e imunologia pediátrica;
- infectologia pediátrica;
- medicina intensiva pediátrica;
- neonatologia;
- neurologia pediátrica;
- pneumologia pediátrica;
- cirurgia pediátrica;
- genética médica;
- obstetrícia e ginecologia;
- pediatria.
Os pré-requisitos para ingressar dependem da área escolhida. Para fazer, por exemplo, cirurgia pediátrica, é preciso já ter concluído, em algum programa reconhecido pelo Sistema da Comissão Nacional de Médicos Residentes, uma residência em Cirurgia Geral.
De maneira geral, além das devidas certificações e documentos, é preciso estar em dia com as obrigações eleitorais e serviço militar. Todos os candidatos, mesmo os que não são do Rio de Janeiro, precisam estar regularizados no Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (CREMERJ).
Para entrar em qualquer uma das especializações, todos os candidatos devem fazer uma prova única, de múltipla escolha. O processo seletivo se dá por meio de um edital, divulgado no segundo semestre do ano anterior ao que o aluno pretende ingressar na instituição. Portanto, é preciso ficar atento com antecedência.
O que é residência multiprofissional?
Profissionais de saúde que não são formados em Medicina, mas também querem se especializar em uma instituição como o IFF podem optar por uma residência multiprofissional. Também é uma espécie de treinamento em serviço, sob supervisão de profissionais experientes naquela área.
Essa modalidade se diferencia da convencional por abarcar também profissionais de outras áreas, com diferenciais que variam conforme a área de atuação do estudante e da instituição que oferece o curso, que também é uma especialização lato sensu.
O IFF oferece, no Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Criança e do Adolescente Cronicamente Adoecidos, oportunidade para os profissionais formados nos seguintes cursos:
- Farmácia;
- Fisioterapia;
- Fonoaudiologia;
- Nutrição;
- Psicologia;
- Serviço Social;
- Terapia Ocupacional.