O cheiro genital é natural, mas quando em exagero pode indicar má higiene ou algum problema mais sério. Entenda!
A região genital tem cheiros característicos. Na vagina, por exemplo, ele aparece pelo processo de renovação celular e pode variar de intensidade conforme o processo hormonal. Porém, quando o odor fica muito forte, incomoda e pode, sim, indicar algum problema na região.
O mesmo ocorre com o pênis. As atividades diárias e o calor podem deixá-lo com um cheiro desagradável. Mas o que fazer para evitar o problema? Atualmente, as roupas antiodor e antissuor ajudam a evitar o mau cheiro e uma série de outros problemas causados pelo excesso de transpiração.
Existem também outros hábitos que o indivíduo pode cultivar para manter a região livre de odores desagradáveis. Confira:
Higienização
A região genital produz com frequência o esmegma, uma secreção esbranquiçada formada por resíduos de células e gordura. Faz parte de um processo natural e se acumula ao redor do clitóris e nas dobras dos pequenos lábios em mulheres e sob o prepúcio em homens. O problema é quando a higienização demora a ser feita.
Calor, excesso de urina e relações sexuais, aliados à não higienização, podem formar um cheiro desagradável. Além disso, o esmegma acumulado é um ambiente ideal para a proliferação de patógenos. Mas, por sorte, é só lavar a região que o odor volta ao normal.
Como higienizar o pênis
Durante a limpeza, o indivíduo deve puxar o prepúcio para trás e limpar o pênis com água e sabão neutro, preocupando-se em remover todo o esmegma. A higienização deve, então, ser estendida a testículos, virilha e ânus. Depois, é preciso enxugar bem o órgão.
Novamente, ele precisa puxar o prepúcio para secar a região. Só depois deve levá-lo à posição original. Essa limpeza também deve ser feita após as relações sexuais.
Como higienizar a vagina
A limpeza deve ser realizada com sabonete íntimo ou neutro, para evitar qualquer tipo de irritação. Para isso, faça movimentos circulares com os dedos pelo clitóris e por toda a vulva — sempre tomando cuidado para que essa movimentação seja da vagina para o ânus, e não o contrário.
Para evitar irritações e ressecamentos, não use objetos para fazer a limpeza e tampouco ultrapasse três minutos limpando o local. Lembre-se sempre de que a higienização deve ser feita apenas na parte exterior (vulva) e nunca na vagina em si (parte interna).
Pós-urina
Após urinar, não deixe de usar o papel higiênico para remover resíduos do líquido. Isso evita que algum acúmulo pingue na roupa íntima e deixe o órgão genital em contato. O pênis úmido, por exemplo, fica suscetível à proliferação de fungos. Homens com prepúcio longo devem ter ainda mais atenção na hora de enxugar o pênis com papel higiênico.
Já as mulheres devem ter atenção à maciez do papel (que não pode ser áspero, para não machucar) e ao movimento da limpeza: o papel deve ir da uretra ao ânus. Quando o movimento é feito do ânus para a vagina, há chances de trazer microrganismos nocivos à região.
Saúde da região
Como dito, a vagina tem um odor característico e natural, que nada tem a ver com higiene. No entanto, quando ela começa a apresentar um cheiro muito forte, é provável que esteja sofrendo de vaginose bacteriana, um aumento da flora bacteriana na região. A vaginose pode ser causada pela menstruação, relações sexuais sem proteção e ducha vaginal frequente.
Mesmo com a higienização frequente, o problema persiste, pois é preciso eliminar a bactéria para que suma. Portanto, ao perceber um cheiro estranho acompanhado de corrimento amarelo ou acinzentado, dor ao urinar e intensificação do odor após o sexo, procure um ginecologista.
Atenção às roupas íntimas
No geral, tecidos sintéticos abafam a região e aumentam a produção de suor, o que gera desconforto e mau cheiro. O ideal seriam as roupas íntimas feitas de algodão, mas até o tecido tem dificuldade de eliminar o suor — é só observar como uma camisa fica após um dia de calor intenso.
Atualmente, a opção mais inteligente é a roupa íntima antissuor. As cuecas antiodor, aliás, são feitas pensando nisso: sua tecnologia não abafa o órgão genital e, consequentemente, impede que microrganismos se proliferem na região.