Quando fazemos investimentos, precisamos ser realistas sobre os seus rendimentos.
Quem investe na previdência privada deve entender que, embora ela produza rendimentos, não estamos diante de um investimento que gere retorno aterrador. Isso acontece porque, em geral, a previdência privada é utilizada como segunda fonte de renda na aposentadoria ou para realizar desejos e sonhos pontuais.
Quem está em busca de rendimentos a curto prazo, portanto, possivelmente vai se frustrar se fizer um plano de previdência privada com essa expectativa. O ideal é que todos apostem na previdência complementar, visto que se trata de um auxílio significativo para o futuro, e busquem diversificar a sua carteira com outros ativos.
O tipo, a quantidade e o valor dos ativos variam de acordo com o perfil de investidor de cada pessoa, mas também com o orçamento que ele ou ela possui para investir. Caso haja dúvida sobre o caminho a seguir, a melhor opção é sempre conversar com um especialista e, após revelar seus objetivos, fazer escolhas concretas.
Se você tem investimentos aplicados nesse momento e não sabe se eles estão rendendo o quanto você gostaria, confira o material que preparamos para você a seguir.
Investimentos: entendendo a rentabilidade
Cada investimento possui uma rentabilidade específica – que, geralmente, está atrelada a custos e aos riscos. Em muitos casos, os riscos fazem com que os ganhos sejam um pouco maiores, mas também podem acarretar em perdas (as quais, para muitas pessoas, não podem acontecer).
Investimentos em renda fixa tendem a ter um retorno mais modesto, mas geralmente também são mais seguros. Para quem tem baixa tolerância a perdas, isso é muito importante, mesmo que a rentabilidade sofra algum tipo de abalo.
Na hora de escolher um ativo, você precisa saber como ele gera rentabilidade. A partir desse dado, você consegue ter uma ideia do quanto conseguirá a partir dele.
Isso é tudo? Não: você precisa estar atento a taxas de administração e afins, além de verificar, entre as opções disponíveis do mercado, quais são mais interessantes para o seu bolso.
O que você precisa saber:
- Os investimentos de renda fixa, geralmente, têm a rentabilidade baseada no CDI, que é próximo da Taxa Selic. No caso da renda variável, o Índice Ibovespa geralmente é o mais utilizado;
- Há fundos de ações que utilizam o IPCA mais alguma porcentagem – preste atenção nisso antes de fazer negócios;
- O CDI geralmente é utilizado como base para que estimemos os nossos ganhos dentro de um período específico. Espera-se que os investimentos rendam pelo menos 100% do CDI, mas é possível encontrar, de vez em quando, ativos que chegam a 200% do CDI – nesse caso, corra!;
- Uma boa carteira de investimentos é variada, mas depende muito do seu perfil de investidor;
- Se você tem medo de perdas, pode ficar nos ativos de renda fixa e talvez apostar em ações, sempre com a ajuda de um especialista, e com valores que caibam no seu bolso e nas suas expectativas de perdas e ganhos.
Juros compostos: esteja atento!
Já ouviu falar de juros compostos? Também chamados de juros sobre juros, eles incidem sobre o valor acumulado do investimento mensalmente, ou seja: eles dão mais rentabilidade, uma vez que incidem sobre o “todo” e não apenas sobre o valor investido inicialmente.
Eles são vantajosos quando falamos de investimento a longo prazo, uma vez que estamos diante de um quadro onde o crescimento da rentabilidade é realmente significativo.
Considerando os juros compostos, conseguimos fazer a equação da rentabilidade – sim, isso existe! – e, então, calcular o quão vantajoso está sendo o nosso negócio.
A equação pode ser feita com quatro fatores: valor inicial, valor final, taxa de juros e tempo de investimento. A fórmula, por sua vez, é M = C x (1 + i)t.
M, no caso, é o valor final. C, o valor investido de início. A taxa de juros, por sua vez, é i, enquanto t diz respeito ao tempo de investimento.
Após fazer a equação, teremos um percentual de variação do investimento, o que nos permitirá entender o quanto ele está rendendo.
Como se pode ver, trata-se de fato de um processo analítico e matemático. Se você não tem facilidade para lidar com isso, a nossa dica segue a mesma: converse com um especialista da área financeira, e vá para o mundo!