Todo empresário sabe da importância de manter contato com o seu público, seja para tentar vender mais ou apenas para estreitar os laços. Mas nem todos sabem o quanto o e-mail marketing pode ajudar nisso tudo, não é mesmo?
De fato, hoje existe uma impressão generalizada, ou mesmo um mito, de que o e-mail já não teria tanta importância e nem o poder de atingir as pessoas. Essa impressão está totalmente equivocada, e nem é difícil provar isso.
Segundo pesquisas recentes da Hubspot, empresa multinacional do mundo digital, diariamente são disparados mais de um bilhão de e-mails no mundo todo. A parte boa é que mais de 90% dessas contas são ativas e verificadas várias vezes ao dia.
Imagine, por exemplo, que uma assistência técnica da positivo celular quer avisar seu cliente que determinado serviço ficou pronto. Ela fará isso por e-mail e terá toda a atenção do cliente, de modo que se estivesse vendendo algo, também teria.
É o que se chama audiência cativa, porque você está em um espaço restrito do cliente, mais ou menos como se tivesse sido convidado para fazer uma visita a ele. De acordo com a mesma pesquisa, as empresas que entendem isso chegam a vender 138% a mais.
Só que é justamente aí que entram as dificuldades, como o fato de que você nunca deve disparar e-mails para quem não pediu. Ou seja, para quem não tenha informado um endereço eletrônico em seu site, blog, rede social ou seja lá onde for.
Hoje, existem até provedoras de e-mail que consideram esse tipo de spam ilegal, e podem até mesmo expulsar um usuário que faça esse tipo de disparo.
Além do mais, com a democratização da internet, a quantidade de disparos também aumenta.
Portanto, a guerra por audiência é cada vez maior, então você precisa de uma gestão de temas e de tempo. Muitas vezes, todo o esforço será para obter alguns segundos de atenção do cliente, e se o título não for atrativo, talvez ele nem abra a mensagem.
Ademais, se ele gosta de jardinagem e paisagismo, talvez tenha feito inscrição em mais de um formulário e receba as newsletters da concorrência também. Neste caso, você entrou em um grupo seleto, mas continua tendo que vencer a competitividade.
Por isso decidimos escrever este artigo, trazendo vários conceitos bacanas que ajudam a entender o assunto, além de 4 exemplos de assuntos e dicas para você criar e-mails arrasadores, que sejam abertos e tragam a conversão que você deseja.
O mais interessante é que esses conselhos servem para todo e qualquer segmento, pois as dicas são universais. Então, seja para vender produtos ou fazer serviços como restauração de carros, é possível obter resultados com e-mails bem elaborados.
Portanto, se você quer colher frutos incríveis com essa estratégia e mudar sua marca de patamar na esfera digital, basta seguir adiante na leitura.
E-mail marketing: do que se trata?
Um ponto fundamental aqui é nos lembrarmos que o e-mail marketing não se restringe à venda direta, ou mesmo à venda de impacto, geralmente ligada a promoções e afins.
Na verdade, ele pode ser utilizado com várias finalidades e pode integrar o funil de vendas completo de um negócio, indo desde o pré-venda até o pós-venda. Incluindo, por exemplo:
- Newsletters;
- Pesquisa de satisfação;
- Descontos exclusivos;
- Cases de sucesso;
- Dicas sobre o segmento;
- Inclusão de serviços;
- Vendas recorrentes.
Enfim, a empresa que utiliza e-mails somente para vender algo está desperdiçando uma enorme oportunidade de fazer muito mais. Imagine uma clínica ou laboratório que faz check up geral, pode dar dicas constantemente, fazendo inbound marketing.
Além de ter isso em mente, o mais incrível do e-mail marketing é sua assertividade. Como vimos, ele é disparado para alguém que já conhece seu negócio, representando uma área restrita do lead, como se ele tivesse convidado você para estar ali.
Por isso, o e-mail marketing tem se tornado uma das formas mais diretas de atingir determinado público, com a vantagem de poder ser automatizado e feito com uma campanha em massa, ampliando o alcance e as vantagens, como veremos a seguir.
1. Evite usar “promoção”, “grátis” e afins
Já mencionamos que o e-mail marketing não é restrito para vendas de impacto, do tipo “promoções malucas”. Ele pode servir para isso também, porém, cada vez mais se aconselha a evitar termos como “super desconto”, “promoção” ou mesmo “grátis”.
Ao menos no título isso precisa ser evitado, e por um motivo muito simples: hoje em dia, praticamente toda empresa recorre a esse tipo de apelação, banalizando o recurso.
Em alguns casos, nem se trata de dar desconto, ao menos não antes de sentar com o cliente e conversar melhor. Imagine um projeto data center, área ligada a TI que depende de uma venda consultiva, cheia de detalhes.
Certamente, o cliente não estará pensando apenas em “gastar menos”, não até ter certeza de que encontrou uma empresa confiável e que não dará dor de cabeça no futuro.
Portanto, em alguns casos falar em “mega descontos” pode até depreciar o produto/serviço, daí a importância de tomar cuidado com esse tipo de apelo comercial.
Por fim, esse tipo de palavra também já está catalogada como spam nas maiores bases de provedores do mundo todo. Isso quer dizer que dificilmente seu e-mail irá para a caixa de entrada do destinatário, fazendo você apenas perder tempo.
2. Aprendendo a usar as “negativas”
Outro assunto que já no título pode gerar bons resultados é o uso virtuoso das famosas “negativas”. Todo bom vendedor sabe que é preciso evitar o uso de termos negativos diante do cliente, certo?
De fato, se você disser muitos “nãos” ele vai ficar com uma impressão crescente de que você não é a pessoa certa para trazer soluções para ele. Contudo, no caso do assunto ou título do e-mail, isso pode ser algo positivo, se bem utilizado.
Um exemplo de título: “NUNCA faça isso no fechamento de vidro”. Ou então, “10 coisas para NÃO se fazer ao fechar o vidro”. Às vezes, o próprio uso de caixa alta é bom, embora somente se você quiser dar um sentido mais informal e descolado.
Seja como for, o fato é que as pessoas geralmente esperam ler algo positivo e otimista, até porque a maioria das marcas recorre a isso como modo de agradar o cliente. Mas pense bem, sair da curva pode ser bastante positivo neste caso.
3. Seja específico e use números
Se possível, também costuma ser bacana ser específico e até mesmo chegar ao ponto de utilizar números. Isso denota organização e a impressão que fica é que o cliente ou lead vai poder consumir aquele conteúdo de modo mais organizado.
Geralmente, isso toma aquele tom de manual ou guia de uso. Hoje também são comuns os checklists, e-books e demais conteúdos que são criados justamente para agregar valor e facilitar a vida do leitor em algum sentido.
Assim, ao resolver alguma dor específica, você vai criar conexão e isso vai fazer seus contatos avançarem mais rápido pelo funil de vendas.
O encontro perfeito entre ser específico e usar número seria, por exemplo: “7 modos realmente seguros de ganhar dinheiro trabalhando em casa”. Assim, a pessoa se vê impelida a ler, até como desafio para verificar se as dicas fazem mesmo sentido.
4. O uso do “como” e das interrogações
Já vimos que as pessoas estão em busca de e-mails e conteúdos que resolvam alguma dor, certo? O fundamental disso é o marketing de conteúdo tal como praticado hoje pelas maiores empresas, que criam assuntos originais e realmente relevantes.
Essa mesma lógica é utilizada nas redes sociais para gerar engajamento real, que vão muito além de simplesmente “curtir” algo.
Aqui a palavrinha “como” pode ter efeitos incríveis. Por exemplo: “Como fazer o melhor plano diretor estratégico ilustrado?”. Nisso também já utilizamos uma interrogação, que tende a reforçar a estratégia.
Na cabeça do leitor, a interrogação dá um sentido de continuidade, exercendo uma força convidativa para que ele queira saber o que vem depois. Usar a interrogação é como abrir a porta e pedir que alguém entre.
Bônus: o segredo da automatização
Finalmente, uma dica de ouro é fazer com que o cliente ou lead tenha a impressão de que aquele e-mail foi escrito especialmente para ele.
Também vimos que a guerra por audiência é grande, e que hoje qualquer empresa pode disparar e-mails em massa. Por isso, você precisa de um trabalho de base que filtre os leads em grupos, com ajuda da automatização e da tecnologia.
Assim, você não dispara qualquer e-mail para todos, mas para grupos seletos conforme o avanço deles no funil de vendas.
Por exemplo, as gráficas costumam atender todos os nichos de mercado. Mas um e-mail que diga “Faça o melhor panfleto pizzaria da sua região!” vai chamar muito mais atenção se cair apenas na caixa de entrada dos donos de pizzaria, concorda?
Com isso chegamos ao fim, deixando claro que o e-mail marketing continua sendo uma arma poderosa, desde que você sabia aplicar os assuntos do modo correto. Com as dicas deste artigo, vai ficar ainda mais fácil criar os seus.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.