A saúde íntima feminina é uma parte fundamental do bem-estar geral de uma mulher. No entanto, muitas vezes, hábitos cotidianos podem afetar negativamente essa área delicada do corpo. Desde a higiene inadequada até escolhas de estilo de vida pouco saudáveis, diversos comportamentos podem comprometer a saúde íntima das mulheres.
Quais são esses hábitos prejudiciais e como evitá-los para promover uma saúde íntima ótima?
Alguns fatores que você deve evitar:
Uso Excessivo de Produtos de Higiene Feminina Perfumados: Sabonetes, sprays e duchas vaginais com fragrâncias podem perturbar o equilíbrio do pH vaginal e causar irritação. Em vez disso, é recomendável usar apenas água e um sabonete suave, sem fragrância, para a limpeza da área íntima.
Usar Roupas Íntimas Apertadas e Sintéticas: Calcinhas feitas de tecidos sintéticos como nylon ou lycra podem reter umidade e calor, criando um ambiente propício para o crescimento de bactérias e fungos. Optar por calcinhas de algodão, que permitem a respiração adequada da pele, pode ajudar a prevenir infecções.
Não Trocar as Roupas Íntimas Regularmente: Usar a mesma calcinha por longos períodos pode aumentar o risco de infecções fúngicas e bacterianas. É importante trocar as roupas íntimas diariamente e após atividades físicas que causam transpiração.
Falta de Hidratação Adequada: A ingestão insuficiente de água pode levar à secura vaginal, o que pode causar desconforto durante a relação sexual e aumentar o risco de infecções do trato urinário. Manter-se hidratada é essencial para a saúde íntima.
Má Alimentação: Uma dieta rica em açúcares refinados e alimentos processados pode promover o crescimento de leveduras e bactérias prejudiciais na região vaginal. Optar por uma alimentação balanceada, rica em frutas, vegetais e grãos integrais, pode ajudar a manter um equilíbrio saudável na flora vaginal.
Fumar: O tabagismo pode aumentar o risco de infecções vaginais, além de contribuir para o ressecamento vaginal e diminuição da libido. Parar de fumar pode trazer inúmeros benefícios para a saúde íntima e geral.
Relações Sexuais sem Proteção: O sexo desprotegido pode aumentar o risco de contrair infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), que podem causar complicações sérias na saúde íntima. O uso regular de preservativos é essencial para prevenir a transmissão de ISTs.
Estresse Crônico: O estresse prolongado pode afetar negativamente o sistema imunológico, tornando as mulheres mais suscetíveis a infecções vaginais. Praticar técnicas de gerenciamento do estresse, como meditação, yoga e exercícios de respiração, pode ajudar a reduzir esse risco.
Não Consultar Regularmente um Ginecologista: Exames ginecológicos regulares são fundamentais para detectar precocemente qualquer problema de saúde íntima e prevenir complicações. Mulheres devem realizar consultas ginecológicas pelo menos uma vez ao ano, ou com a frequência recomendada pelo médico.
Ignorar Sintomas de Alerta: Coceira, ardor, corrimento incomum e odor forte são sinais de que algo pode estar errado com a saúde íntima. Ignorar esses sintomas e não procurar tratamento médico adequado pode levar a complicações mais sérias.
O que é a candidíase?
Você sabe o que é candidíase? É uma infecção causada pelo crescimento excessivo do fungo Candida, mais comumente Candida albicans. Essa infecção pode afetar várias partes do corpo, incluindo a boca (candidíase oral), a pele (candidíase cutânea) e, mais frequentemente, a região genital (candidíase vaginal). Embora a candidíase vaginal seja mais comum em mulheres, os homens também podem desenvolver a infecção.
A candidíase vaginal ocorre quando há um desequilíbrio no ambiente vaginal que favorece o crescimento excessivo do fungo Candida. Normalmente, a vagina abriga uma variedade de microrganismos, incluindo bactérias “boas” e fungos, mantendo um equilíbrio saudável. No entanto, certas condições podem perturbar esse equilíbrio e permitir que a Candida se multiplique, levando ao desenvolvimento da infecção.
Os sintomas comuns da candidíase vaginal incluem:
-Coceira intensa na região genital
-Ardor ao urinar
-Corrimento vaginal espesso e branco
-Dor durante a relação sexual
-Vermelhidão e inchaço da vulva e da vagina
Vários fatores podem aumentar o risco de desenvolver candidíase vaginal, incluindo:
-Uso de Antibióticos: Os antibióticos podem eliminar as bactérias “boas” da vagina, permitindo que o fungo Candida se prolifere.
-Gravidez: As mudanças hormonais durante a gravidez podem aumentar o risco de candidíase vaginal.
-Diabetes: Níveis elevados de glicose no sangue podem favorecer o crescimento de fungos, incluindo a Candida.
-Uso de Contraceptivos Hormonais: Anticoncepcionais orais e dispositivos intrauterinos (DIU) podem aumentar o risco de candidíase vaginal em algumas mulheres.
-Estresse: O estresse crônico pode enfraquecer o sistema imunológico, tornando o corpo mais suscetível a infecções fúngicas.
Felizmente, existem medidas que podem ser tomadas para prevenir a candidíase vaginal:
-Mantenha uma Boa Higiene: Lave a área genital externa com água morna e sabonete suave sem fragrância. Evite duchas vaginais e produtos de higiene perfumados.
-Use Roupas Íntimas de Algodão: Opte por calcinhas de algodão, que permitem a respiração adequada da pele e absorvem a umidade.
-Evite Roupas Íntimas Apertadas: Dê preferência a roupas íntimas folgadas e confortáveis que não criem um ambiente propício para o crescimento de fungos.
-Evite o Uso Excessivo de Antibióticos: Use antibióticos apenas quando prescritos por um médico e siga as instruções cuidadosamente.
-Mantenha um Estilo de Vida Saudável: Consuma uma dieta equilibrada, rica em frutas, vegetais e grãos integrais, e evite o consumo excessivo de açúcar e alimentos processados.
-Gerencie o Estresse: Pratique técnicas de relaxamento, como meditação, ioga e exercícios de respiração profunda para reduzir o estresse e fortalecer o sistema imunológico.
-Consulte um Médico: Se você suspeitar de candidíase vaginal ou tiver sintomas persistentes, consulte um ginecologista para diagnóstico e tratamento adequados.
A candidíase vaginal é uma infecção comum que pode causar desconforto significativo. No entanto, seguindo algumas medidas preventivas simples, é possível reduzir o risco de desenvolver essa condição.