Não existe empresa atual que possa se dar ao luxo de dizer que não quer clientes fidelizados, dispostos a defender a marca de modo vigoroso. O que poucos sabem é que o marketing de comunidade pode ajudar e muito a atingir esse objetivo.
Trata-se de uma das estratégias mais disseminadas entre as maiores marcas do mundo, que é um dos grandes fatores a tornar seus clientes mais do que consumidores fiéis.
A ideia é “evangelizá-los”, fazendo com que realmente vistam a camisa.
Por exemplo, há várias marcas de refrigerante, celulares e até de tecnologia que simplesmente conseguem fazer com que pessoas utilizem roupas com estampagem do logotipo ou slogan da marca, sem que ganhem nada por esse engajamento.
Quando um fenômeno assim começa a acontecer, então a marca tem certeza de que conseguiu criar o que se chama “ativo intangível”, que é um estágio de aprovação e desejo de consumo que já é quase um dado cultural daquela sociedade.
Com isso, o que essas pessoas fidelizadas ou “evangelizadas” se tornam são embaixadoras da marca, graças a uma estratégia que vai além do que muitos imaginam, especialmente no sentido de que elas podem ser replicadas por qualquer empresa.
É justamente aí que entra o marketing de comunidade, que serve não apenas para marcas famosas de produtos populares.
Uma empresa de sinalizacao de transito já pode conseguir um ou outro embaixador dentro daquele seu nicho específico.
A noção de comunidade é justamente no sentido de fazer com que pessoas que têm o mesmo interesse e têm sua marca como um ponto de contato, passem a dividir suas experiências, seus anseios e sua paixão por aquele produto ou serviço.
Por isso, decidimos escrever este artigo, trazendo aqui os conceitos que permitem a qualquer negócio dominar essa estratégia.
Além disso, explicamos em detalhes o passo a passo de como você pode começar a colocar tudo em prática.
O mais bacana é que esse marketing comunitário evoluiu tanto nos últimos anos, que hoje ele pode ajudar literalmente qualquer nicho ou setor de mercado, seja no tocante a venda de produtos ou prestação de serviços como entrega de documentos com moto.
Isso se expandiu especialmente com o advento da internet, dos grandes motores de busca e das redes sociais, que permitem atingir níveis incríveis de compartilhamento e engajamento.
Portanto, se você quer entender de uma vez por todas como é possível e importante angariar embaixadores para sua marca, basta seguir adiante na leitura.
Por dentro dessa estratégia.
Antes do passo a passo é preciso entender os pilares do verdadeiro marketing comunitário, que tem sido confundido em vários artigos da internet.
Na verdade, essa estratégia vai muito além de simplesmente criar comunidades em mídias sociais, embora essas palavras e termos possam causar confusão.
O importante é entender o conceito de comunidade em um sentido muito mais abrangente, que na verdade é tão amplo que precede a internet e já acontecia antes dela, embora hoje possa ser melhor desempenhado graças à própria esfera digital.
Outro ponto limitante é confundir comunidade com um grupo de pessoas que tenham exatamente os mesmo interesses, perfis sociais, personalidade e daí em diante.
Embora tudo isso possa servir como base, não é uma lei absoluta.
Afinal, pense em um produto como box banheiro, que em tese todo ser humano pode querer instalar, pois está ligado à necessidade básica e universal de tomar banhos.
Sendo assim, tratar o marketing de comunidade de uma marca que trabalha com algo assim como uma “tribo rural” seria um erro.
O desafio está, justamente, em conseguir pulverizar o alcance da mensagem principal da marca, da sua filosofia como algo que pode agregar valor à vida das pessoas ou no mínimo, ajudar a resolver uma dor muito clara.
Nesse sentido, o marketing de conteúdo é aquilo que une pessoas de diversos interesses e perfis em um objetivo comum: engajar-se em relação a uma marca que provou sua capacidade e que vale a pena ser defendida.
Portanto, diferentemente das modalidades convencionais de marketing e publicidade, que focam sobretudo o curto prazo e o aumento nas vendas.
Aqui além disso é possível falar em branding, que é o fortalecimento da marca no médio e longo prazo.
O passo a passo de como conseguir isso pode deixar bem mais claro do que se trata, conforme aprofundamento detalhado que damos adiante.
1. Conheça bem seu público.
Não é possível falar em marketing comunitário e fidelização de clientes sem primeiro entender a fundo o seu próprio público-alvo.
Portanto, antes desse marketing funcionar como estratégia diferenciada, você precisa pôr em dia as velhas táticas de definir sua persona e os perfis que a compõem.
Isso implica entender melhor, por exemplo:
- Quais os perfis da persona?
- Quais suas necessidades?
- O que ela ama em uma marca?
- Quais suas dores e dificuldades?
- O que ela odeia na negociação?
- Quais suas prioridades?
Se a empresa prestar curso de automacao industrial completo, fazer esse levantamento vai muito além de simplesmente definir o público-alvo no sentido demográfico do termo.
Em suma, fazer marketing de comunidade é aceitar a predisposição de viver na busca contínua de estreitar os laços com o público, mais ou menos como uma irmandade.
2. Captar, capacitar e converter.
Se captar leads e clientes já é difícil, aqui o esforço é ainda maior, portanto é preciso preparar-se para fazer um trabalho realmente sério e de qualidade.
Uma dica de ouro é utilizar as redes sociais para pré-definir os clientes que se enquadrem no tipo de captação que o marketing comunitário exige.
Algumas plataformas até utilizam uma classificação para os usuários que estão sempre por ali, curtindo, comentando e compartilhando seus conteúdos.
Se a empresa trabalha com uniformes profissionais, pode ser que uma vendedora autônoma ou representante desse tipo de produto se enquadre, sendo perfeita para entrar na categoria de capacitação.
Aqui você já consegue um nível de engajamento bem maior, por isso também precisa comunicar-se mais e aceitar tanto as vantagens como as desvantagens da solução oferecida.
Como vimos acima, é uma irmandade, uma parceria, então é preciso capacitar os melhores clientes para defenderem sua marca, mas em troca disso ouvi-los de verdade.
A fase de conversão é justamente aquela em que os clientes capacitados passam a “evangelizar” o mercado sobre as qualidades da sua marca.
3. O poder dos privilégios.
Falar apenas nos pilares de captação, capacitação e conversão pode parecer algo genérico demais, embora lançar essas bases seja algo fundamental.
Sendo assim, vamos dar alguns detalhes ainda mais práticos e diretos de como fazer isso, sendo o principal deles o dos privilégios para membros consagrados.
No fundo, essa é uma faceta da parte de capacitação, que vem logo depois da captação e da filtragem que você faz entre seus clientes mais presentes.
Se a empresa trabalha com materiais para parede de bloco de gesso, ela pode captar alguns micro influencers que façam vídeos mostrando o dia a dia da instalação desse tipo de material, e fornecer vantagens para eles.
Uma muito comum é conceder produtos novos em fase de testes, com isso a novidade que será lançada já vai se disseminando no mercado antes do lançamento.
Outro modo prático de conceder privilégios e garantir uma boa capacitação para o marketing comunitário acontecer é dando promoções, descontos e até acessos exclusivos.
Por exemplo, se uma empresa lida com cursos, ela pode abrir o carrinho 24 horas antes apenas para quem já é membro da comunidade ou já foi recrutado.
4. Curadoria online e offline.
Por fim, marketing de comunidade é sinônimo de sustentabilidade, pois não adianta ser capaz de conseguir um engajamento feito no impulso, se ele não durar no tempo.
Uma ferramenta incrível para isso é a da curadoria. Além de captar os clientes ideais em meio aos outros, de capacitá-los e convertê-los, é preciso fazer um acompanhamento de perto.
Um modo simples de fazer isso é criando grupos fechados nas redes sociais, tanto as tradicionais quanto as de mensagens instantâneas, que são fáceis de acompanhar pelo celular, vendo tudo na palma da mão.
Além disso, se a empresa trabalha com controle de acesso biometrico, que é uma solução mais tradicional, não descarte o recurso dos encontros presenciais, como palestras, workshops, imersões e eventos no geral.
Assim você consegue atualizar seu time de embaixadores sobre todas as novidades, receber feedbacks mais aprofundados e estreitar os laços.
Garantindo que aquelas pessoas são perfeitas para sair em defesa da sua marca a qualquer momento.
Considerações finais.
Enfim, o marketing de comunidade é uma das estratégias mais rentáveis e promissoras que uma marca pode empreender no médio e longo prazo.
Ela está entre as táticas mais econômicas de operar, porém seu retorno é sólido e sustentável, já que está baseado em círculos de influência crescente.
Com as dicas que trouxemos aqui vai ser ainda mais fácil colocar isso em prática e garantir o sucesso da sua marca perante o público, a concorrência e o mercado em geral.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.