A melatonina é o hormônio responsável pelo relógio biológico do organismo
Na parte central do cérebro, existe uma glândula do tamanho de uma semente de laranja chamada glândula pineal, responsável pela produção da melatonina, o hormônio do sono.
Vários fatores podem ajudar a produção saudável de melatonina quando necessário. Entre eles, podemos destacar a alimentação saudável, composta por peixes e sementes, por exemplo.
Apesar disso, a temperatura e os ciclos de claro (dia) e escuro (noite) normalmente são os fatores mais importantes para a produção desse hormônio.
Neste artigo, você vai conhecer a melatonina, entender como ela funciona e saber qual é a importância. Acompanhe a leitura!
O que é e como funciona a melatonina?
Como mencionado, a melatonina é um hormônio produzido pelo organismo que tem como principal função regular o ciclo circadiano, induzindo o sono no fim do dia. Ela também é capaz de promover o funcionamento adequado do organismo e ainda atua como antioxidante.
A produção desse hormônio acontece especialmente no fim do dia, quando os estímulos luminosos diminuem consideravelmente e o metabolismo está bem menos acelerado.
Por esse motivo, na hora de se recolher para dormir, é conveniente evitar a luminosidade e reduzir os estímulos sonoros, visto que isso pode acelerar o metabolismo e diminuir a produção de melatonina.
Normalmente, a produção de melatonina diminui com o passar do tempo, e por esse motivo que os distúrbios do sono são mais frequentes em adultos ou idosos.
Como repor a melanina?
Desde o final de 2021, as farmácias brasileiras estão autorizadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a vender o hormônio em forma de suplemento alimentar (em gotas ou em comprimidos) sem a necessidade de prescrição médica.
Até então, a substância tinha que ter prescrição médica e só podia ser vendida em farmácias de manipulação. No entanto, apesar da liberação, é preciso ter cautela e procurar orientação médica antes de usar a melatonina.
Cuidados no uso da substância
Mesmo autorizando a venda da melatonina em forma de suplemento alimentar, a Anvisa restringiu o uso da substância unicamente às pessoas com mais de 19 anos de idade e limitou o consumo diário a 0,21 mg (dosagem próxima da quantidade produzida pelo organismo).
Além disso, a agência também determinou que as embalagens devem conter advertência de que o produto é contraindicado para crianças, gestantes e lactantes.
Um tema preocupante é que, embora a Anvisa tenha limitado o consumo diário, é possível encontrar produtos importados com dosagens superiores (entre 5 mg a 10 mg), bem acima do aprovado para uso no Brasil.
Alimentos que oferecem melatonina
Além da produção natural do organismo e da possibilidade de comprar a melatonina em farmácias, também há como encontrar esse hormônio na forma vegetal em alguns alimentos. Entre, eles, podemos destacar:
Kiwi, casca de uva e aveia
O kiwi, a casca de uva e a aveia são alimentos ricos em fitomelatonina (FTMEL). Por isso, consumi-los à noite pode contribuir para um sono de melhor qualidade.
Cereja, chocolate, grão de bico e banana
Já a cereja, o chocolate, o grão de bico e a banana são alimentos que possuem uma boa concentração de triptofano e vitaminas B6 e B9, nutrientes que auxiliam na síntese endógena não só da melatonina, como também da serotonina — o que contribui para induzir e prolongar o sono durante à noite.
Aspargos
Por fim, os aspargos são especiarias muito utilizadas na culinária europeia, mas aqui no Brasil não são muito explorados.
No entanto, o que muita gente não sabe é que eles são fontes de nutrientes importantes, como as vitaminas B9 e C, fundamentais para a absorção do triptofano no corpo. E, justamente por esse motivo, também estimulam a produção de melatonina.