digitais, mas produz pouco conteúdo autoral na rede
Eles estão presentes na internet, consomem conteúdo online e contam com perfis nas mídias sociais. No entanto, ainda são poucos os brasileiros indígenas que compartilham materiais de autoria própria, como vídeos, músicas e fotos, na rede — apenas 22,9% do total. A conclusão é do Melhor Plano, que compartilha o panorama mais recente sobre a relação entre membros de povos originários e os dispositivos digitais.
Para chegar aos resultados, o levantamento teve como base os dados étnico-raciais de 2020 divulgados pelo Cetic (Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação) no ano passado, analisados pela plataforma — hoje a maior do país na comparação imparcial de serviços de telecom. Alguns destaques da pesquisa são as atividades virtuais mais realizadas por pessoas indígenas e o acesso específico a conexões móveis.
Indígenas e serviços online
Contrariando os estereótipos, os respondentes que afirmaram não ter utilizado o computador e a internet nos últimos três meses são minoria: 16,7% e 1%, respectivamente. Os números positivos também se aplicam à aquisição de um aparelho celular, já que 90,6% dos indígenas possuem um telefone do tipo, e ao uso de conexões móveis (92,9% disseram ter acessado a internet pelo celular nos últimos três meses).
Vale ressaltar, nesse ponto, que os hábitos acima não são próprios apenas da população indígena, mas acompanham uma tendência observada nas demais classificações étnico-raciais brasileiras. Quando o assunto é possuir um celular, por exemplo, 91,8% das pessoas brancas, 84,9% das amarelas, e 88,2% e 85,5% entre as populações pardas e pretas também contam com o dispositivo.
Publicação de conteúdo na internet
Finalidades cotidianas como mandar mensagens instantâneas (88,2%), assistir vídeos, filmes e séries (77%), fazer chamadas de voz ou vídeo (75,7%), ouvir músicas (74,4%) e usar as redes sociais (73,8%) seguem tendo papel central na relação entre a população indígena e a internet. Por outro lado, apesar da forte presença online, o que parece não ganhar tanta força dentro da comunidade são as atividades envolvendo criações próprias e sua postagem.
Isso porque, do total de entrevistados, somente 26,1% criou ou atualizou blogs, páginas ou websites durante o período considerado pelo Cetic. Além disso, o número cai para 22,9% se a análise girar em torno da publicação de textos, imagens, fotos, vídeos ou músicas autorais, o que aponta para a discrepância entre o uso habitual e criativo da Web 2.0.
Sobre o Melhor Plano
Fundado em 2015, o Melhor Plano é uma plataforma especializada na comparação imparcial e transparente de planos de telefonia e internet no Brasil. O site, que faz parte do grupo Méliuz (CASH3), ajuda os consumidores a tomarem decisões mais assertivas por meio de comparadores individuais e para famílias de serviços do tipo controle e pós-pago. Suas ferramentas também abrangem planos de internet banda larga, tv por assinatura, fixo, combos e serviços financeiros. Até o momento, estima-se que mais de 30 milhões de pessoas foram impactadas pela marca.