O turismo foi um dos setores mais afetados pela pandemia. Saiba mais!
Em qualquer crise econômica, o setor de turismo é um dos primeiros a ser afetado. Com a crise global causada pela pandemia de COVID-19 isso não poderia ter sido diferente. A boa notícia, porém, é que com o avanço da vacinação, o turismo tem ganhado novo fôlego, inclusive aqui no Brasil.
Se até pouco tempo atrás viajar era algo que grande parte das pessoas estava evitando por medo do contágio com o vírus, agora hotéis, pousadas, parques e resorts têm sido cada vez mais procurados por quem deseja viajar.
A retomada faz-se mais que necessária para um setor que fechou portas e deixou muita gente desempregada entre os anos de 2020 e 2021, marcados da pior forma possível pelo coronavírus.
Pandemia e perda de receitas
De acordo com informações divulgadas em dezembro de 2020 pela Organização Mundial do Turismo (OMT), entre janeiro e outubro daquele ano houve uma perda de 900 milhões de turistas internacionais, número este que se mostra na perda de US$ 935 bilhões em receitas, um pouco mais de R$ 5 trilhões.
No Brasil, segundo dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio), o setor de turismo teve um déficit de R$ 55,6 bilhões em 2020 em comparação a 2019. Nesse período, 110 mil postos de trabalho foram eliminados, sendo 87 mil em agências de viagens, hotéis e operadoras turísticas.
Os dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC) revelam um cenário bastante complicado do início da pandemia, em março de 2020 até abril de 2021, com prejuízos de R$ 341,1 bilhões. Em abril, o setor de turismo operava com pouco mais de 60% de sua capacidade mensal de geração de receitas.
Nos últimos meses, porém, o quadro vem gradativamente sendo alterado. O avanço da vacinação no Brasil, que já imunizou completamente cerca de 60% da população total, tem tornado as viagens e a prática do turismo muito mais viáveis e menos arriscadas.
Retomada do turismo e melhorias no setor
Apesar de a pandemia ainda não ter acabado, é visível que o quadro vem sendo modificado nos últimos meses, de modo a afetar positivamente a economia do país e, consequentemente, reaquecer o setor de turismo.
Segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência, no mês de setembro o setor de turismo gerou mais de 38 mil vagas de emprego formal. O número representa cerca de 12% do total de vagas criadas no Brasil no mesmo período.
As regiões Sudeste e Nordeste foram as que mais geraram emprego no mês (respectivamente 20,3 mil e 8,1 mil). Só para se ter uma noção, mais da metade da ocupação do setor veio das duas regiões, algo que é, no mínimo, considerável.
Uma das mudanças que acabou sendo de extrema importância no setor de turismo foi a modernização tecnológica que envolve tanto a inserção ou melhora na presença digital das marcas como também um maior investimento em marketing.
Esse movimento contribuiu para que empresas de pequeno e médio porte passassem por uma verdadeira transformação e que as pessoas ficassem mais independentes para fazer os agendamentos, bem como para buscar os melhores tipos de hospedagem.
Especialistas alertam, porém, que mesmo com melhoras significativas, o quadro atual ainda exige cuidados e bastante atenção. Ainda se fazem necessárias mais políticas públicas que ajudem, de fato, a reconstrução do setor.
Para tanto, é preciso que as atividades relacionadas ao turismo sejam entendidas como verdadeiras fontes de renda. Este, talvez, seja um dos passos mais importantes para a recuperação tanto do turismo quanto da imagem brasileira no pós-pandemia.